Notas sobre “Cálice” (2010, 1973, 1978, 2011)

  • Walter Garcia IEB/USP

Resumo

O artigo tem por objetivo discutir a forma artística e a atuação mercadológica da canção “Cálice” (Gilberto Gil/ Chico Buarque), em 1973 e em 1978, do vídeo Criolo Doido – Cálice, de 2010, e da canção “Rap de Cálice” (Chico Buarque), de 2011. Na perspectiva que se adota, a noção de forma se refere tanto à análise dos elementos que estruturam determinada obra quanto à interpretação do sentido de tal estrutura à luz do processo histórico brasileiro. Assim, recursos musicais e poéticos de “Cálice”, Criolo Doido – Cálice e “Rap de Cálice”, bem como as relações entre esses recursos e alguns aspectos fundamentais das atuações de Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Criolo no mercado, são interpretados à luz do processo histórico brasileiro na década de 1970 e na atualidade.

Biografia do Autor

Walter Garcia, IEB/USP
Professor da área de Música do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP. É mestre e doutor em Literatura Brasileira pela USP. Autor dos livros Melancolias, mercadorias: Dorival Caymmi, Chico Buarque, o pregão de rua e a canção popular-comercial no Brasil (São Paulo: Ateliê Editorial, 2013) e Bim Bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto (São Paulo: Paz e Terra, 1999), além de vários artigos sobre canção popular brasileira. Organizador do livro João Gilberto (São Paulo: Cosac Naify, 2012). Compositor e violonista, atualmente trabalha no projeto autoral Na Cachola com a cantora e compositora Marília Calderón.
Publicado
2014-04-22
Edição
Seção
Artigos