Corpografias Mẽbêngôkré – Identidade e processo criativo no corpo artístico-etno-pesquisador

Rafael Ribeiro Cabral

Rafael Ribeiro Cabral Universidade Federal do Pará

Resumo

No final do século XVIII e início do XIX, a etnia indígena Mẽbêngôkré habitava uma única aldeia na confluência Tocantins-Araguaia, denominada Gorotire Kumerem. A partir da corpografia (CABRAL, 2017) grafo experiências no corpo tramado através do trabalho de campo-vida para fins de atividade artística. Os resultados são experimentos motivadores de fios de autocompreensão de minha identidade na liminaridade do ser artístico e indígena na Amazônia Paraense.

Biografia do Autor

Rafael Ribeiro Cabral, Universidade Federal do Pará

Rafael Cabral é Professor de Artes, Performer, Fotografo. Formado pelo Curso Técnico de Formação em Ator pela Escola de Teatro e Dança da UFPa. Graduado em Licenciatura Plena em Teatro pela Universidade Federal do Pará. Especialista em Filosofia da Educação-UFPa. Mestre em Artes-UFPa. Doutorando em Artes - UFPa. Integra o Grupo de Pesquisa TAMBOR (Carnaval e Etnocneologia) CNPQ-2008; CIRANDA (Círculo Antropológico da Dança); GEPEI (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, infância e filosofia). Sendo responsável pela criação e manutenção do site etnocenologiaamazonica.net. Estuda a cosmovisão da etnia Mebengokre da Amazônia brasileira em sua espetacularidade indígena na reflexão e experimentação artística.

Referências

BIÃO, Armindo. Etnocenologia e a Cena Baiana: textos reunidos. Salvador: P&A Gráfica e Editora, 2009.

CABRAL, Rafael Ribeiro. Ameríndios Mex: Um estudo do treinamento corporal a partir dos grafismos de animais sagrados para etnia Mẽbêngôkré da aldeia de Apexty. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Teatro) – Universidade Federal do Pará, 2013.

______. Light Painting Mẽbêngôkré: olhares de fronteiras etnocultural. Anais Eletrônico. II Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, 2016. Disponível em: <http://www.eavaam.com.br/anais/anais/2016/27.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.

______. Teia de Pykatôti: um estudo da corpografia mẽbêngôkré do Rio Fresco na Amazônia Brasileira. Dissertação (Mestrado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes, Universidade Federal do Pará, 2017.

CASTRO, Otávia Feio. Guarda-Roupa Encantado: Espetacularidade das Roupas de Caboca do Terreiro Estandarte de Rei Sebastião, Outeiro – Pará. 2016. 85 f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2002.

______. Work in progress na cena contemporânea. São Paulo: Perspectiva, 1998.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

HAMÚ, Denise. Ciência Kayapó. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1992.

LAGROU, Els. Arte indígena no Brasil. Belo Horizonte: C/ Arte, 2009.

LIGÍERO, Zeca (Org.). Performance e antropologia de Richard Schechner. Rio de Janeiro: Mauad X, 2012.

MAFFESOLI, Michel. Elogio da razão sensível. Tradução de Albert Christophe Migueis Stuckenbruck. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

MULLER, Regina. Mensagens visuais na ornamentação corporal Xavante. In: VIDAL, Lux (Org.). Grafismo Indígena: estudos de antropologia estética. São Paulo: Edusp, 1992.

SANTA BRIGIDA, Miguel. Etnocorpografando sons e gestos na Amazônia. In: Anais – II Encontro Regional da Associação Brasileira de Etnomusicologia – ABET; II Colóquio Amazônico de Etnomusicologia. Belém: LABETNO; GEMAM, 2016. Disponível em: . Acesso em: 03 jan. 2017.

SANTOS, Adailton. A etnocenologia e seu método. Salvador: EDUFBA, 2012.

TAYLOR, Diana. Traduzindo Performance. In: DAWSEY, John C. et al. (Orgs.). Antropologia e Performance: Ensaios na Pedra. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2013.

TURNER, Terence. Os Mebengokre Kayapó: história e mudança social, de comunidades autônomas para a coexistência interétnica. In: CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, Secretaria Municipal da Cultura, FAPESP, 1992.

VIDAL, Lux. Morte e vida de uma sociedade indígena brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1977.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. 5. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

______. Metafísicas canibais. 1. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2015.