Dança contemporânea - o dançarino pode ser apto para tudo?

  • Daniella de Aguiar Universidade Federal da Bahia

Resumo

Neste texto pretendo chamar atenção para a relação entre o treinamento do dançarino contemporâneo e o seu caminho estético, buscando uma  aproximação entre essas duas  instâncias. Ao observar diferentes criações  de dança contemporânea é possível destacar uma gama de padrões  motores e de organizações estéticas substancialmente diversificadas. Em  espetáculos nos quais há uma técnica de movimento reconhecível no universo da dança, como, por exemplo, balé  clássico, técnica de Cunningham, técnica de Limón, não se levanta a questão de como  os  dançarinos realizaram seu treinamento já que é possível identificar as técnicas correspondentes por referências aos seus códigos de movimentos. Entretanto, quando os corpos não demonstram  de quais  técnicas  vieram  suas habilidades, por não nos apresentar um código reconhecível, torna-se mais difícil traçarmos uma linha  entre  a formação  desses  dançarinos  e seus movimentos na cena.

Referências

GREINER, Christine. O corpo: Pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.

KATZ, Helena. Um, Dois, Três: A dança é o pensamento do corpo. Belo Horizonte: FID Editorial, 2005.

KATZ, Helena & GREINER, Christine. “Por uma teoria do corpomídia”. In: GREINER, Christine. O corpo: Pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.

PINKER, Steven. Tábula Rasa: A negação contemporânea da natureza humana. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

STRAZZACAPPA, Márcia. “O corpo e suas representações: as técnicas de educação somática na preparação do artista cênico”. In: STRAZZACAPPA, Márcia & MORANDI, Carla. Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança. Campinas, SP: Papirus, 2006.

Publicado
2018-04-27