A melodramática indústria cultural

  • Gil Vicente Tavares Universidade Federal da Bahia

Resumo

O texto pretende, primeiramente, fazer uma reflexão crítica sobre a ascensão burguesa e do melodrama no século XVIII, com suas fórmulas tiradas de uma leitura folclorizada e deturpada da Poética de Aristóteles, e o objetivo imediatista dos dramaturgos melodramáticos de fazer o sucesso fácil através de macetes e artimanhas, bem como temáticas moralistas e ligadas à vida do homem comum. A reflexão parte então para perceber nessas raízes, intimamente ligadas ao pensamento capitalista e à ética protestante, como a arte irá se render ao capital, à fórmula e à necessidade do sucesso e da aceitação, no que Adorno irá chamar de “indústria cultural”, já no século XX.

Referências

ADORNO, Theodor. Indústria cultural e sociedade. Editora Paz e Terra. São Paulo, 2007.

ORTEGA y GASSET, José. A desumanização da arte. Cortez Editora. São Paulo, 2005.

THOMASSEAU, Jean-Marie. O melodrama. Editora Perspectiva. São Paulo, 2005.

WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. Editora Schwarcz. São Paulo, 2005.

Publicado
2018-05-17
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade