Dança Kalunga: a Suça, o Batuque, o Redemunho

  • Augusto Rodrigues da Silva Junior Universidade de Brasília

Resumo

Este texto analisa uma técnica corporal específica: a suça, dança do festejo quilombola da Comunidade Kalunga. Entendendo performance como um movimento que intercambia informações, será feita uma etnografia das coreografias. Na leitura do simbólico e do evocativo distingui-se elementos e práticas sincréticas de uma tradição afro-sertaneja. Na força ancestral do batuque sincopado a performance funde heranças caipiras, sertanejas e a cultura rústica negra. Nas técnicas do corpo, tem-se razões coletivas e individuais. Na repetição e inovação da tradição, surge um campo imponderável que não dura mais que o giro de um redemunho.

Referências

MAUSS, M. “As técnicas do corpo” (1924) In: Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac & Naify, 2003: 399-422.

GOFFMAN, Erving. A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Petrópolis, Vozes, 1983.

SILVA JUNIOR, A. R. Festejo quilombola: o kalunga, o divino, o verso. In: IV ENECULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, 2008a.

______. VOZES E VERSOS NA FESTA QUILOMBOLA DOS KALUNGA. Revista África e Africanidades, v. ano I, p. 11, 2008b.

TEIXEIRA, João Gabriel L. C. et al (Orgs). Patrimônio imaterial, performance cultural e (re) tradicionalização. Brasília: ICS-UnB, 2004.

______. História, teatro e performance. In: Simpósio sobre Historia e Teatro no Encontro Anual da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em História na Universidade do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2007.

Publicado
2018-05-17
Seção
Estudos da Performance