O olhar do griot sobre o ofício do ator: reflexões a partir dos encontros com Sotigui Kouyaté

  • Isaac Garson Bernat Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Esta comunicação parte da minha Tese de Doutorado, fruto dos meus encontros com o griot, diretor e ator africano Sotigui Kouyaté. O griot, considerado o mestre da palavra na África Ocidental, além de contador de histórias, genealogista, músico, conselheiro e conciliador, tem a nobre função de manter viva a memória do africano através da oralidade. Vivendo desde 1984 na França onde trabalhou muitos anos com o diretor Peter Brook, Sotigui viaja pelo mundo conduzindo estágios para atores e estudantes de teatro. A partir dos estágios que participei, procuro refletir sobre a prática e a pedagogia do griot no que se refere ao ofício e a formação do ator. Por fim, observo como estes encontros com a tradição do griot trouxeram um novo olhar para a minha atuação como professor e como ator.

Referências

HAMPÂTÉ BÂ, Amadou. Il n’y a pás de petite querelle. Paris: Stock, 1999.

LOISEAU, Sylvie. Le Pouvoirs du Conte. Paris: Presses Universitaires de France, 1992.

Publicado
2018-05-17
Seção
Estudos da Performance