Tradição versus modernidade no teatro brasileiro: Candida, de Bernard Shaw, pela Companhia Eva e seus artistas

  • Angela de Castro Reis Universidade Federal da Bahia

Resumo

A partir da análise de duas traduções da peça Candida, de Bernard Shaw, e de três longas críticas de Décio de Almeida Prado ao espetáculo exibido pela Companhia Eva e seus artistas em São Paulo, em outubro de 1946, é possível aferir os procedimentos como adaptador de Luiz Iglezias – empresário, autor teatral e marido da atriz Eva Todor, principal figura da companhia. A comparação dos dois textos, bem como o choque causado pela montagem no crítico paulista, permite verificar as diferenças estruturais e os embates entre o teatro “antigo” e o teatro moderno no Brasil na década de 40 do século XX.

Referências

CHARTIER, Roger. Do palco à página: publicar teatro e ler romances na época moderna (séculos XVIXVIII). Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002.

KHOURY, Simon. Bastidores. Rio de Janeiro: Letras e Expressões, 2001.

NUNES, Mário. 40 anos de teatro. Rio de Janeiro: MEC/SNT, s/d. PRADO, Décio de Almeida. Apresentação do teatro brasileiro moderno; crítica teatral (1947-1955). São Paulo: Livraria Martins Editora, 1956.

________. Candida – I, O Estado de São Paulo, São Paulo, Coluna Palcos e Circos, 5 out. 1946 a, p.2.

________. Candida – III, O Estado de São Paulo, São Paulo, Coluna Palcos e Circos, 11 out. 1946 b, p.5.

________. Exercício findo: crítica teatral (1964-1968). São Paulo: Perspectiva, 1987.

TORRES NETO, Walter Lima. Introdução histórica: o ensaiador, o diretor e o encenador, Folhetim, Rio de Janeiro, Teatro do Pequeno Gesto, jan-abr. 2001.

Publicado
2018-05-17
Seção
História das Artes e do Espetáculo