A epopéia Gilgamesh por Antunes Filho

  • Berenice Raulino Universidade Estadual Paulista

Resumo

A análise da montagem do épico Gilgamesh realizada em 1995 por Antunes Filho revela mais uma etapa na busca pelo autoconhecimento empreendida por um dos mais importantes expoentes da cena brasileira. A trajetória da personagem que associa história e mito tem por objetivo a conquista da imortalidade e foi adaptada ao teatro pelo próprio diretor. Figuras míticas colocadas em grandiosas caixas de vidro e em carros que deslizam pela cena se contrapõem à vulnerabilidade dos atores no palco. O espaço atemporal remete o espectador à ancestralidade do ser humano, o que é destacado pela abstração que preside a cena.

Referências

ANTUNES FILHO. Gilgamesh - adaptação teatral. Mairiporã-SP: Veredas, 1999 (Coleção Em cartaz, vol. 3).

_______________. Da adaptação teatral de Gilgamesh, Entrevista de Antunes Filho concedida a Sebastião Milaré in: Gilgamesh - adaptação teatral. Mairiporã-SP: Veredas, 1999 (Coleção Em cartaz, vol. 3) p. 77 a 84.

A epopéia de Gilgamesh. São Paulo: Martins Fontes, 2001 (Autor anônimo, tradução de Carlos Daudt de Oliveira realizada a partir da versão inglesa estabelecida por N. K. Sandars).

LIMA, Mariangela Alves de. Narrativa antiga triunfa em Gilgamesh, O Estado de S. Paulo, 3 de junho de 1995.

Encontros notáveis. O Estado de São Paulo, Caderno 2, 14 de setembro de 1996 (entrevista com Antunes Filho).

GILGAMESH. Programa do espetáculo. São Paulo: SESC, 1995.

Publicado
2018-05-17
Seção
Teatro Brasileiro