A autoficção no teatro contemporâneo: um exemplo argentino (Nunca estuviste tanadorable, de Javier Daulte)

  • Ana Maria de Bulhões-Carvalho Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Javier Daulte (Nunca estuviste tan adorable) discute chaves do teatro baseado no real, sobretudo quanto à temporalidade. O tema da peça traz a hipótese de que uma história de família não gera obra histórica, pois embora evoque um tempo definido, sua formulação é a do presente da escrita. A tese de Daulte, a despeito de originar-se em obra teatral, aponta para as questões referidas por Jean-Louis Jeannelle (2008), ao apresentar os problemas dos textos organizados sob a rubrica “Literaturas factuais” e para as reflexões teóricas sobre a autoficção (LAOUYEN, 1999).

Referências

BARTHES, Roland. Le grain de la voix. Paris : Seuil, 1981, p.267 (minha tradução).

CORNAGO, Óscar. “Biodrama. Sobre el teatro de la vida y la vida del teatro.” Latin American Theater Review (Kansas University), 39.1, (Fall 2005), p. 5-27 (minha tradução).

DAULTE, Javier. Nunca estuviste tan adorable. http://www.javierdaulte.com.ar/. O texto integral foi gentilmente cedido pelo autor em 2005 (minha tradução).

DOUBROVSKY, Serge. Le Livre brisé. Paris: Grasset, 1989, p. 212 (minha tradução).

JEANNELLE, Jean-Louis. Atelier de Théorie Littéraire: Littératures Factuelles: les Problèmes. Pagina atualizada em 27.03.2008 e consultada em 07. 2008 -http://www.fabula.org/atelier.php?Litt%26eacute %3Bratures_factuelles (minha tradução).

LAOUYEN, Mounir. “L’autofiction: une réception problématique”. Colloque 99, Frontières de la fiction. http://www.fabula.org/colloques, consultado em 07.2008 (minha tradução).

LEJEUNE, Philippe. « L’ère de soupçon », in Le récit d’enfance en question. Actes du Colloque de Nanterre, 16-17 janvier 1987, Cahiers de Sémiotique textuelle (minha tradução).

Publicado
2018-05-17
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena