Os estados corporais: instrumento e sangue do teatro com máscaras

  • Isa Trigo Universidade do Estado da Bahia

Resumo

Pretendo refletir sobre o papel dos estados corporais para o trabalho com máscaras. Os estados corporais suportam e colorem os fenômenos do dia a dia e do espetacular, e os utilizo como base na atuação cênica. Abordo os estados individuais e os estados coletivos do trabalho, a partir de duas delimitações: a) as formas de uso dos estados na criação dos personagens; b) os estados coletivos no treinamento e nas próprias cenas, elas mesmas feixes de estados. O estado é um conjunto de condições fisio-psicológicas, articuladas simbólica e fisicamente pelas necessidades e desejos que orquestram o ator a cada momento – e que geram coerências em diversos níveis corporais. um estado pode fazer surgir um personagem; uma cena pode ser percebida como um grande “estado”. Eis o cerne da comunicação.

Referências

BIÃO, Armindo Jorge de Carvalho. Estética Performática e Cotidiano. Revista TRANSE/UNB, Brasília, 1996. p.12-20.

LOPES, Sara Pereira. Sobre a voz e a palavra em sua função poética ( vai dar o que falar...) Tese de livre docência apresentada ao Instituto de Artes da UNICAMP. Campinas: 2004.

SCHUTZ, Alfred – Le chercheur et le quotidien – phénomenologie des sciences sociales – tradution Anne Noschis-Gilliéron – Paris: Méridiens Klincksieck, 1987.

Publicado
2018-05-17
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena