Política e subjetividade na cena contemporânea

  • José Da Costa Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Discussão de certas criações teatrais a partir de alguns apontamentos conceituais (e de um quadro teórico que inclui autores como Michel Foucault e Jacques Rancière), tendo em vista o teor político que as artes cênicas podem assumir no contexto do presente. O trabalho associa esse possível traço político aos procedimentos por meio dos quais se coloca em questão o que é aceito e naturalizado como comum a todos os que supostamente integram comunidades identitárias, compreendendo como decisivamente política, nos dias de hoje, a indagação sobre os modos individuais de sentir, sobre seus pressupostos subjetivos e coletivos, sobre o senso de pertinência do sujeito, sobre a maquinaria do biopoder para a produção de subjetividade e identidade na sociedade de controle.

Referências

DERRIDA, Jacques. Posições. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

DELEUZE, Gilles e GUATTARRI, Felix. Micropolítica e segmentaridade. In: Mil Platôs – capitalismo e esquizofrenia, vol 3. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996. FOSTER, Hal. El retorno de lo real: la vanguardia a finales de siglo. Madrid: Ediciones Akal, 2001.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Corpo e forma: ensaios para uma crítica não-hermenêutica.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1982.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Ed 34, 2005.

RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento – política e filosofia. São Paulo: Ed 34, 1996.

Publicado
2018-05-17
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena