A Comédia – gênero à margem

  • Mariana Muniz Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Este texto pretende discutir a questão da desvalorização da comédia como gênero teatral na contemporaneidade. Partindo da poética de Aristóteles e da ausência de um fundamento teórico comparável no terreno do cômico, este gênero vem sendo relegado a manifestações à margem do teatro convencional, encontrando sua maior expressão em festejos populares, “off” teatro e lugares afins. Partindo de Mikhail Bakthin, Henri Bergson, e John Wright, onde o cômico se define como desvio da norma e do padrão, ruptura com a lógica com a qual as coisas nos são apresentadas, pretendo contribuir para a visão da comédia como gênero transformador dos olhares sobre a realidade, ampliando suas dimensões.

Referências

AURÉLIO, Buarque de Holanda. Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa. São Paulo: Folha de São Paulo,1995.

BAKTHIN, Mikhail. La Cultura Popular en la Edad Media y en el Renacimiento. El contexto de François Rabelais. Madri: Alianza Editorial, 1998.

BERGSON, Henri. Laughter: An Essay on the Meaning of the Comic. Los Angeles: Green Interger, 1999.

BOAL, Augusto. O Teatro como Arte Marcial. Rio de Janeiro: Garamond, 2003.

ECO, Umberto. História da Feiúra. São Paulo: Record, 2007.

______________ O Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983. MARCUSE, Herbert. El Hombre Unidimensional. Ensayo sobre la ideologia de la sociedad industrial avanzada. Barcelona: Ariel, 1999.

MUNIZ, Mariana. La improvisación como espectáculo: principales exepriencias y técnicas aplicadas a la formación del actor-improvisador. Tese Doutoral. Alcalá: 2004.

WRIGHT, John. Why is that so funny? A practical exploration of Physical Comedy. Londres: Nick Hern Books, 2006.

Publicado
2018-05-17
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena