O corpo como imagem poética na paisagem urbana
Resumo
Com o presente artigo pretendo avaliar meu próprio percurso diário dentro da cidade de Salvador, disponibilizando meu corpo para uma prática de construção de imagem poética na paisagem urbana. Assim, unindo ação e discurso buscando perceber como o tempo é fundamental para avaliarmos qual a nossa posição na construção de uma cidade viva e aberta para o lúdico. Para isso é preciso vencer a dificuldade de perceber, sentir e absorver o tempo. Nesta experiência-devaneio coloquei na mala apenas o essencial: Sônia Rangel, Angelo Serpa, Gaston Bachelard, Eric Dardel, Amir Haddad, Paul Claval, Maurice Merleau-Ponty, água, protetor solar, frutas e alguns recursos que as fenomenologias nos oferece como tempero para uma relação entre arte e cidade e me lancei rumo ao desconhecido.Referências
BACHELAR, Gaston. A Poética do Espaço. Trad. Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
CLAVAL, Paul. A paisagem dos geógrafos. IN: Paisagens, Textos e Identidades. CORRÊA X ROSENDAHL. Rio de Janeiro, 2004. pg. 13-74.
DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. Trad. Werther Holzer. São Paulo: Perspectiva, 2011.
HADDAD, Amir. O teatro e a cidade: O ator cidadão. Comunicação apresentada no Festival Internacional des Jounées Théâtrales de Carttage. IX Session. 1999, Tunísia.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
RANGEL, Sonia. Imagem e pensamento criador. Palestra proferida no X Colóquio Franco-Brasileiro de Estética; Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia; 8 de outubro de 2013.
SERPA, Angelo. Como prever sem imaginar? O papel da imaginação na produção do conhecimento geográfico. IN: SERPA, Angelo (Org). Espaços culturais: vivências e representações. Salvador:BA, EDUFBA, 2008. P. 59-67.
