A arte da performance e seus vestígios imagéticos
Resumo
O tema Tempos de Memória: vestígios, ressonâncias e mutações, propostopelo VII Congresso da ABRACE, está em consonância com a problemática
levantada pela pesquisa atualmente desenvolvida pela autora junto ao Curso
de Mestrado em Artes Visuais (PPGART-UFSM). Nesse sentido, a referida
pesquisa parece contribuir para o debate na medida em que discorre sobre
certas questões referentes à (im)permanência da arte da performance –
linguagem efêmera que se caracteriza pela presença corporal do artista, que
desenvolve determinada ação compartilhada com um público num espaçotempo
específico. Assim, a reflexão crítica que permeia esse assunto, recai
sobre o uso de recursos fotográficos e videográficos para documentar
performances – dispositivos que possibilitam o registro visual ou audiovisual,
transmissão, ou posterior exibição das performances presenciais. A
investigação volta-se assim para o reconhecimento da ação performática
presencial a partir dos desdobramentos provocados pela imagem capturada,
que registra e consequentemente, reconfigura sua forma de (re)apresentação.
Referências
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MELIM, Regina. Performance nas artes visuais. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
Publicado
2018-08-26
Seção
Estudos da Performance