MUITO PRAZER, AUDIODESCRITORES! A ESCRITA, A VOZ E A OUTRA CENA NOS ESPETÁCULOS DE DANÇA
Resumo
No campo da audiodescrição ainda se pronuncia sobre a neutralidade dos audiodescritores. Este texto prima à noção da existência desses profissionaiscomo compositores de outra cena nos espetáculos de dança audiodescritos. No
entendimento de transcriação de Haroldo de Campos, procura-se apresentar em
linhas gerais este fazer da tradução audiovisual intersemiótica como arte de
audiodescrever, tanto na elaboração da escrita do roteiro de trabalho quanto na
expressividade da voz. Por apoiar-se em experimentações teoricopráticas
compartilhadas em espetáculos de dança junto ao público com deficiência visual,
acredita-se que este estudo possa subverter modos habituais de pensar dança e,
sobretudo, de entender o papel significativo dos audiodescritores. Nesse contexto,
a transcriação semiótica faz refletir em parâmetros para um modelo brasileiro sem
oposição às normas de audiodescrição de outros países, contudo iluminando a
questão da interpretação como fator de permanência; neste caso, permanência é
ressaltada no sentido de processo de transformações, continuidade e condição
indispensável para a existência da comunicação.
Referências
CAMPOS, H. Metalinguagem & outras metas. São Paulo: Perspectiva, 1992.
MASCARENHAS, R. A Audiodescrição da Minissérie Policial Luna Caliente:
uma proposta de tradução à luz da narratologia. Tese (Doutorado em Letras e
Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Instituto de
Letras, UFBA, Salvador.
PLAZA, J. Tradução Intersemiótica. São Paulo: Editora Perspectiva, 2003.
SILVA, B.C.S da. A tessitura de sentidos na composição improvisada em
dança: como o dançarino cria propósitos para a cena. 2012. Dissertação
(Mestrado em Dança) - Programa de Pós Graduação em Dança Escola de Dança, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
Publicado
2018-08-26
Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações