Corpo para receber Iabá

  • Graziela Rodrigues Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Trata-se de um corpo antigo, habitante de uma memória ancestral que atravessou o Atlântico vindo da África para baixar nos terreiros do Brasil. Desde 1980, realizam-se pesquisas de campo de rituais da Umbanda e do Candomblé, aprendizado das danças dos orixás com pais de santo, pesquisas bibliográficas e laboratórios corporais, alcançando neste momento uma possível leitura do corpo que se prepara para receber o orixá. O método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete) nasce junto a essas pesquisas, dentro de um processo de retroalimentação. Um corpo pré-catártico, de camarinha, de imersão, iniciático e germe que fecunda uma nova existência: é o recorte que se quer explanar.

Referências

MENEN, R. O Poder Curativo dos Mudras. Tradução Selma Borguesi Muro. São Paulo: Madras, 2007.

PÓVOAS, R. do C. A Memória do Feminino no Candomblé: tecelagem e

padronização do tecido social do povo de terreiro. Ilhéus - Bahia: UESC, 2010.

RODRIGUES, G.E.F. Bailarino-pesquisador-intérprete: Processo de Formação.

ª ed. Rio de Janeiro: Funarte, 2005.

RODRIGUES, G.E.F. Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI) e a Dança do

Brasil in Ensaios em cena: Organização: Cassia Navas; Marta Isaacsson; Silvia Fernandes. São Paulo: ABRACE, 2010.

SOUZENELLE, A. O Simbolismo do Corpo Humano: Da Árvore da vida ao

esquema corporal. Tradução Frederico Ozanam Pessoa de Barros e Maria Elizabeth Leuba Salum. São Paulo: Pensamento, 1984.

BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 5 ed. Traduzido por: Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985.

Publicado
2018-08-26
Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações