O contrário do Menino Diamante: análise de uma saga contada pelo coletivo Dolores

  • Alexandre Falcão de Araújo Universidade Estadual Paulista
  • Alexandre Mate Universidade Estadual Paulista

Resumo

O presente trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado acerca de procedimentos do
teatro político de rua. O recorte desta comunicação encontra-se amparado no relato e
análise do processo de criação e apresentação do espetáculo A saga do Menino
Diamante: uma ópera periférica, do coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes, sediado na zona leste de São Paulo. A obra em foco foi criada e apresentada em espaço público e aberto, promovendo a ressignificação do lugar a partir da ocupação cultural. Para desenvolvimento da pesquisa foram utilizados os conceitos estranhamento e gestus, na perspectiva brechtiana; além de realizada a contextualização crítica da experiência do grupo, para evidenciar como a peça interviu nos espaços de encenação, propondo não apenas a fruição estética, mas também formas de intervenção social - tanto pela transformação dos processos de apreensão do entorno, quanto pelas ações diretas, no cotidiano da comunidade.

Referências

ARAÚJO, Alexandre Falcão de. O teatro político de rua praticado pelos coletivos

ALMA e Dolores: estéticas de combate e semeadura. Dissertação (Mestrado em Artes),

Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Artes, São Paulo, 2013.

BORNHEIM, Gerd. Brecht: a estética do teatro. Rio de Janeiro: Graal, 1992.

KOUDELA, Ingrid Dormien. Brecht: um jogo de aprendizagem. São Paulo:

Perspectiva: Editora da Universidade de São Paulo, 1991.