Vestígios plásticos na composição do espaço: ressonâncias estéticas

  • Lindsay Gianoukas Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Silvia Balestreri Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Ao apresentar o percurso criativo da cenógrafa Zoé Degani, a partir da análise
histórica de sua obra – que migrou das galerias para o espaço público e deste
para o espaço cênico - a presente proposta analisa os vestígios plásticos de suas
criações que, agora no palco, promovem ressonâncias estéticas na composição
com os demais elementos cênicos. A mutação está no cerne da pesquisa, a qual
encontra na qualidade cênica o ponto nevrálgico de uma prática que já
apresentava indícios teatrais e coreográficos. Estudos e manifestos de Tadeusz
Kantor e Antonin Artaud oferecem subsídios para refletir sobre esta prática no
intuito de compreender como a artista cria ambientes e estruturas que corroboram
a “poesia no espaço”.

Referências

ARTAUD, Antonin. O Teatro e seu Duplo. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

KANTOR, Tadeusz. O Teatro da Morte. São Paulo: Perspectiva, 2008.

NERO, Cyro del. Máquina para os Deuses: anotações de um cenógrafo e o

discurso da cenografia. São Paulo: edições SESC SP, 2009.

RATTO, Gianni. Antitratado de Cenografia: variações sobre o mesmo tema.

São Paulo: SENAC, 2001.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena