Processo Colaborativo como Procedimento de Formação na SP Escola de Teatro

  • Rafael Ary
  • Mario Alberto de Santana

Resumo

A partir da década de 1990, houve o surgimento e fortalecimento de diversos coletivos de
criação teatral no Brasil. As experimentações colaborativas de criação que estes coletivos
empreenderam produziram um arcabouço de diretrizes de grande potencial pedagógico.
Esses processos colaborativos, como foram chamados, fomentaram o aprimoramento, de
forma contínua, nas últimas duas décadas, de dramaturgos com características
específicas. Essa especificidade pode ser compreendida por meio da análise dos
procedimentos de criação utilizados durante os ensaios e durante os diversos trabalhos,
que, em alguns casos, conformaram uma poética. A grande ocorrência de processos
denominados colaborativos revelou uma demanda por formação de dramaturgos e um
cabedal de diretrizes pedagógicas que necessitava de direcionamento. Dessa forma, foi
criado o primeiro curso profissionalizante de dramaturgia do país, localizado na SP Escola
de Teatro. Suas diretrizes pedagógicas e procedimentos de ensino estão dispostos de
forma a contemplar aquilo que chamo de ética colaborativa.

Referências

ARAÚJO, Antônio. A encenação no coletivo: desterritorializações da função do diretor no processo colaborativo. Tese de Doutorado em Artes Cênicas. Escola de Comunicações e Artes. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008.

ARY, Rafael. A função dramaturgia no processo colaborativo. Dissertação de

Mestrado em Artes. Instituto de Artes. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2011.

CORDEIRO, Fabio. O coral e o colaborativo no teatro brasileiro. Tese de Doutorado em Artes Cênicas. Centro de Letras e Artes. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2010.