Relações cruzadas da história com a cena contemporânea em duas escritas da liberdade

  • Paulo Marcos Cardoso Maciel

Resumo

A partir da discussão sobre o real na arte (FOSTER, 2001; DANTO, 2006,
2010; MAMMI, 2012), particularmente no teatro ou nas artes cênicas
(SANCHEZ, 2007; DA COSTA, 2009; FERNANDES, 2009) a comunicação tem
por objetivo delimitar em meio ao debate um território crítico dos lugares
reservados a história no âmbito da produção e ou da criação cênica
contemporânea (LEHMANN, 2007; DA COSTA, 2009; FERNANDES, 2010;
SARRAZAC, 2012,2013; PAVIS, 2010) e o seu desdobramento, posto pela
teoria da arte (CAUQUELIN, 2005; BELTING, 2012; DIDI-HUBERMAN, 2013;
NAGEL & WOOD, 2012), para a história/historiografia do teatro e ou da cena;
na interface dessa reflexão sobre os limites e os possíveis lugares da história
(NIETZSCHE, 2005; FOUCAULT, 1992) a relação nem sempre evidenciada de
seu dialogo com a historiografia mais geral (BRAUDEL, 2007; FARGE, 2011;
HARTOG, 2011; VEYNE, 2008; CERTEAU, 2011; RANCIÈRE, 1994). Trata-se
de trabalhar um modo comparativo de aferição analítica entre as escritas
cênicas e as formulas historiográficas nessa dimensão cruzada situar a
abordagem de A negra felicidade (2012), de Moacir Chaves e a Companhia
Alfandega 88 e A chegança do almirante negro na Pequena África (2011), de
Ligia Veiga e a Grande Companhia de Mysterios e Novidades.

Referências

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