Sonoridades em Gota D’Água sul-mato-grossense

  • Marcos Chaves
  • Stephan Arnulf Baumgärtel

Resumo

O artigo analisa a musicalidade no processo de criação do espetáculo teatral
douradense Gota D’Água, da Associação Cultural Oficina de Interpretação
Teatral – OFIT. Dialoga com o diretor Nill Amaral, artista com vasta experiência
no Mato Grosso do Sul e integrante da primeira turma do bacharelado em artes
cênicas (do estado) que colou grau em 2013. O cruzamento da proposta de
encenação com a atualização do texto de Chico Buarque e Paulo Pontes,
organizada na amarração dramatúrgica de Éder Rodrigues, insere a trama em
latifúndio sul-mato-grossense. A sonoridade da obra perpassa percussão dos
objetos de cena na execução dos atores. O canto cênico acompanha proposição
musical, interpretado a capella na primeira temporada de apresentações. A
pesquisa do ambiente sonoro caminha lado a lado com a proposta cênica de
trazer a narrativa para registro próximo dos atores e espectadores da região.

Referências

AMARAL, Nill. Entrevista concedida a Marcos Chaves – realizada através de correspondência eletrônica. Dourados, MS: 22 set. 2013.

BUARQUE, Chico; PONTES, Paulo. Gota d’água. Rio de Janeiro: Editora

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