A arte da composição em Dança como práxis ideológica

  • Lígia Tourinho

Resumo

A Dança é uma práxis de vida. Todos os seus saberes e reflexões derivam da
experiência e as obras de Dança são falas poéticas do, sobre e para o mundo. É
impossível desassociar sua prática de uma ética de vida, de um conjunto de crenças
sobre o que é a realidade, das quais fazem os nossos contextos e constituem o que
chamamos de mundo. Os saberes da Dança ao longo dos tempos foram
estabelecidos a partir de processos de criação – protocolos de criação. Na
contemporaneidade discutir sobre a possibilidade múltipla de estruturação dos
protocolos de criação dos processos artísticos tem se tornado um tópico obrigatório:
o artista diante do mundo, suas ideias, questões, provocações e as muitas
possibilidades de estruturações cênicas. Pesquisar a Dança à luz dessas
perspectivas significa reconhecer a diversidade de poéticas e pontos de vistas que
atravessam esses modos de fazer. No presente trabalho será desenvolvida uma
reflexão sobre a arte da composição como potência ideológica e de pluralidade de
temas e poéticas, bem como serão compartilhadas experiências e reflexões sobre a
pratica docente no campo da composição coreográfica.

Referências

Bradley, K. Rudolf Laban. Routlegde: New York, 2009.

KERKHOVE, Marianne (org.). Dossier: Danse et Dramaturgie. In: Nouvelles de Danse. Bruxelles: Contredanse, 1997.

NUNES, FABRINI & LIRA. Memória Abrace. UFMG: 2012.

CABALLERO, Ileana D. Cenários Liminares: Teatralidade, performance e política: EDUFU: 2011.