A importância da improvisação para os processos criativos e a arte de improvisar de Rolf Gelewski

  • Juliana Cunha Passos
  • Elisabeth Bauch Zimmermann

Resumo

Rolf Gelewski, dançarino e coreógrafo alemão que lecionou na Escola de
Dança da UFBA nos anos 60 e 70, utilizou amplamente a improvisação como
recurso didático para desenvolver as capacidades de reação, concentração e
sensibilidade, além da qualidade de expressão, imaginação e criação de seus
alunos artistas. Porém, a verdadeira arte de Gelewski estava na utilização da
improvisação como recurso expressivo em suas criações de dança. O presente
artigo propõe uma reflexão sobre a importância da improvisação para os
processos criativos humanos, abordando questões relacionadas à liberdade e
às regras, à consciência e ao inconsciente. Discorre também sobre a arte de
improvisar de Gelewski, a partir de improvisações estruturadas (“dança
criativa”) e improvisações livres (“dança espontânea”).

Referências

GELEWSKI, Rolf. A arte de improvisar. (Programa do Recital de Dança,

Teatro Castro Alves, Salvador-BA, junho de 1969).

GELEWSKI, Rolf. Dança espontânea. (Programa das Danças Espontâneas, Teatro Marília, Belo Horizonte - MG, maio de 1974).

GELEWSKI, Rolf. Estudo básico de Formas: distinções elementares de

formas aplicadas em exercícios de movimentação. Salvador: Escola de Dança UFBA 1971.

HASELBACH, Barbara. Trad. Gabriela Elizabeth Annerl Silveira. Dança,

improvisação e movimento: expressão corporal na educação física. RJ:

Ao Livro Técnico 1989.

KNELLER, George F. Arte e ciência da criatividade. São Paulo: IBRASA,

MAY, Rollo. A coragem de criar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

NACHMANOVITCH, Stephen. Ser criativo: o poder da improvisação na vida e na arte. SP: Summus 1993.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. RJ: Imago 1977.

Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações