“O corsário do rei e o eterno exílio de Augusto Boal”

  • Clara de Andrade
  • Zeca Ligiéro

Resumo

“O corsário do rei”, de 1985, texto e direção de Augusto Boal, marco de sua volta
aos palcos brasileiros depois de 14 anos no exílio, suscitou intensa discussão na
classe artística da época. A polêmica acerca deste espetáculo, portanto, é
encarada na presente reflexão, como um divisor de águas na carreira de Augusto
Boal, um acontecimento histórico revelador das divergências da classe artística no
período pós-ditadura militar, e como o início do que seria o período de sua vida,
quando o diretor passou a se sentir exilado em seu próprio país.

Referências

BOAL, Augusto. O Corsário do rei. Música de Edu Lobo; letra de Chico Buarque Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985

______. Hamlet e o Filho do Padeiro: Memórias Imaginadas. Rio de Janeiro: Record, 2000.

DAGNINO, Evelina. Cultura, cidadania e democracia: a transformação dos discursos e práticas na esquerda latino-americana. In: ______, ALVAREZ, Sonia E.; e ESCOBAR, Arturo. (orgs.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos: novas leituras. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000, pp.61-102.

Jornal do Brasil, “Ninguém gostou. Parece teatro do deprimido.”, 29/09/1985, acervo Funarte.

JORNAL DO BRASIL, “O Corsário se defende”, 06/10/1985, acervo Funarte.

JORNAL DO BRASIL, “O Corsário do Rei”, 08/10/1985, acervo Funarte.

Jornal do Brasil, “Corsário”, 15/10/1985, acervo Funarte.

MARINHO, Flávio. Um espetáculo com sabor de matinê. O Globo, 22/09/1985. Acervo Instituto Augusto Boal.

MICHALSKI, Yan. “Fronteiras tolas”. Jornal do Commercio, 28/10/1985, acervo Funarte.

O GLOBO, “Caso Corsário: sobe a temperatura do debate”, 16/10/85, acervo Funarte. Programa da peça “O Corsário do Rei”, 1985, acervo Funarte.