Por uma abordagem do corpo para a reflexão sobre os processos artísticos

  • Lucía Yáñez Silva

Resumo

No livro intitulado De la création chorégraphique, Michel Bernard analisa “as implicações
filosóficas ou epistemológicas do conceito de organismo” no âmbito coreográfico. O autor sugere que o “determinismo racional” que caracteriza o modelo orgânico – que “faz do todo a soma das partes e do efeito a conseqüência necessária e inelutável da causa” – e sua “rigidez funcional” não conseguem dar conta nem da complexidade nem da potência criativa do corpo dançante. A partir das observações do autor, o artigo discute as limitações deste modelo em prol de uma abordagem mais favorável à reflexão sobre o corpo nos processos artísticos.

Referências

BERNARD, Michel. De la création chorégraphique. Pantin: Centre National de la danse, 2001

DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. “Como criar para si um corpo sem órgãos” In:_______. Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia. Vol 3. São Paulo: Ed.34, 1996

_______. “Devir intenso, devir animal, devir imperceptível” In: _______. Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia. Vol 4. São Paulo: Ed.34, 1997

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998

GIL, José. Movomento total: O corpo e a dança. São Paulo: Iluminuras, 2004

ROLNIK, Suely. “Despachos no museu: sabe-se lá o que vai acontecer” In: Caderno VídeoBrasil. São Paulo: Associação cultural VideoBrasil, 2005

ORTEGA, Francisco. O corpo incerto: corporeidade, tecnologias médicas e cultura contemporânea. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.

Seção
Dança, Corpo e Cultura