Para viver, não basta estar vivo

  • Gisela Costa Habeyche

Resumo

O artigo discute o que seria a presença do ator a partir de aspectos práticos
descobertos no processo de criação de um espetáculo do grupo teatral gaúcho Usina do
Trabalho do Ator (UTA), do qual a autora é atriz. Para tal, toma como instrumento de análise um exercício específico, praticado pelo UTA e que faz parte da história do teatro ocidental, tendo sido relatado por Thomas Leabhart, Decroux e Copeau. Para elaborar essa análise, são utilizados registros do diário do trabalho, que envolvem a descrição das subjetividades apreendidas na tarefa, para compreender a experiência vivida, o que favorece a constituição de pensamentos sobre a prática, em uma tentativa de aproximação dos estudos autoetnográficos.

Referências

COPEAU, Jacques. Reflexões de um comediante sobre o “Paradoxo” de Diderot. In: REDONDO JÚNIOR. O teatro e sua estética. Lisboa: Arcádia, 1964.

ENAUDEAU, Corrine. Le corps de l’absence. IN: FARCY, Gérard-Denis et PRÉDAL, René (org). Brûler les planches, crever l’ecran : La présence de l’acteur. Saint-Jean-de-Védas: L’Entretemps éditions, 2001.

LEABHART, Thomas. A máscara como ferramenta xamanística no treinamento teatral de Jacques Copeau. In: Revista da FUNDARTE – v.1, n. 1 (jan/jul 2001). Montenegro: Fundação Municipal de Artes de Montenegro, 2001. [1994]

PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005.

SATRAPI, Marjane. Frango com ameixas. Tradução Paulo Werneck. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Seção
Etnocenologia