A preparação corporal no Teatro Musical – um estudo em andamento

  • Joana Ribeiro da Silva Tavares

Resumo

A função da preparação corporal vem se consolidando há quatro décadas no
teatro brasileiro, tomando-se como um dos marcos referenciais a montagem A Ópera de
Três Vinténs (1967), coreografada por Klauss Vianna (1928-1992). Originária do ballet
clássico, essa função sofreu inúmeras variações até a retomada dos Musicais na década de
1980, quando voltou à acepção da coreografia. Esta pesquisa busca realizar uma análisereconstituição da figura do coreógrafo, que migrou do ballet para o teatro, para atender a demanda expressiva da cena teatral carioca, cuja tendência pelo gênero de Musicais remonta ao séc. XIX.

Referências

BOURCIER, Paul. História da dança no ocidente. Trad. Marina Appenzeller. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

BRANDÃO, Tania. Textos, corpos e pautas: algumas notas sobre a história do teatro musical brasileiro. (Seminário). UNIRIO: PPGAC, 2010.

CARVALHO, José Murilo de. D. Pedro II. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

FARO, Antônio José. A dança no Brasil e seus construtores. Rio de Janeiro: Fundacen, 1988.

FEUILLET, Raoul Auger. Chorégraphie ou L’Art de decrire la dance, par caracteres, figures et signes démonstratifs. França, 1700.

GINOT, Isabelle et MICHEL, Marcelle. La danse au XXe siécle. Paris: Larousse, 2002.

GUINSBURG, J. et al. Dicionário do Teatro Brasileiro: temas, formas e conceitos. São Paulo: Perspectiva, 2006.

KINTZLER, Catherine. Le divertissement dans l’opéra classique merveilleux. Séminaire CND – CIPh, 10 février, 2005.

LECOMTE, Nathalie et al. Qu’apporte la danse à un spectacle ? Cycle dramaturgie de la danse. Alfortville: Atelier Baroque, 2003.

LEE, Carol. Ballet in Western Culture. A History of its origins and evolution. London: Routledge, 2002.

LE MOAL, Philippe (dir.). Dictionnaire de la Danse. Paris: Larousse, 2008.

LONG, Robert Emmet. Broadway, the golden years. Jerome Robbins and the great choreographer-directors – 1940 to the present. New York-London: Continuum, 2002.

PAVIS, Patrice. A Análise dos Espetáculos. Trad. Sérgio Sálvio Coelho. São Paulo: Perspectiva, 2003.

__________. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999.

PEREIRA, Roberto. A formação do balé brasileiro: nacionalismo e estilização. Rio de Janeiro: FGV, 2003.

PRADO, Décio de Almeida. “Os três gêneros do teatro musicado”. In: História Concisa do teatro brasileiro. São Paulo: EDUSP, 1999.

RAMOS, Enamar. “Bailes Brasil Colônia/Império”. In: I ENGRUPEdança – Pesquisas Multidisciplinares em Dança. São Paulo: UNESP/FAPESP, 2007.

SONTAG, Susan. “O dançarino e a dança”. In: Questão de ênfase. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

SUCENA, Eduardo. A dança teatral no Brasil. Rio de Janeiro: Fundacen, 1989.

TAVARES, Joana Ribeiro da Silva. Klauss Vianna, do coreógrafo ao diretor. São Paulo: Annablume, 2010. (no prelo)

TOUSSAINT-SAMSON, Adèle. Uma parisiense no Brasil. Rio de Janeiro: Capivara, 2003.

VIANNA, Klauss e CARVALHO, Marco Antônio de. A dança. São Paulo: Summus, 2005. 3ªed.

Filmes

GELLER, Dan e GOLDFINE, Dayana. Balé Russo. Lightning Entertainment e Geller/Goldfine Productions. Europa Filmes, 2008.

MANGA, Carlos. Assim era a Atlântida. Europa Filmes, 2007.

Seção
Teatro Brasileiro