A trans-historicidade

  • Gil Vicente Barbosa de Marques Tavares

Resumo

Na pesquisa que venho desenvolvendo enquanto doutorando do PPGAC-UFBA, sobre a
herança no Absurdo e seus vestígios no drama contemporâneo, alguns conceitos de
outros autores foram apropriados, alguns citados e novos conceitos foram criados como
ferramentas de análise da obra dramática. Uma expressão usada por Eugène Ionesco, a
trans-historicidade, me pareceu importante por tratar de um assunto caro às peças
absurdas que é a subversão do espaço e do tempo para deslocar a obra dramática para
um lugar que pode ser nenhum e qualquer tempo, em nenhum e qualquer lugar. Ionesco,
sendo o maior teorizador da dramaturgia absurda, vai tratar a trans-historicidade como
uma característica fundamental para uma obra perdurar além do seu momento histórico.

Referências

BONNEFOY, Claude. Diálogos com Ionesco. Editora Mundo Musical, Rio de Janeiro, 1970.

BORNHEIM, Gerd A. O sentido e a máscara. Editora Perspectiva, São Paulo, 1975.

IONESCO, Eugène. Diario I. Ediciones Guadarrama, Madrid, 1968.

________________. Notes & Counter notes. Grove Press, New York, 1964.

STEINER, Georg. A morte da tragédia. Editora Perspectiva, São Paulo, 2006.

WILLIAMS, Raymond. Tragédia moderna. Cosac & Naify, São Paulo, 2002.

Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade