A Busca pela Singularidade no Trabalho do Ator

  • Cristóvão de Oliveira

Resumo

Em que medida o desenvolvimento de uma técnica pessoal por parte do ator pode
configurar-se num trabalho singular? Esse é o ponto de partida para investigar o trabalho do
ator sobre si mesmo, problematizando a possibilidade de formalização de parâmetros de
atuação própria, entendidos aqui como singularidades. Considerando o grupo portenho
Periplo, Compañia Teatral como objeto de estudo acerca do trabalho do ator e suas
idiossincrasias, investigo questões como “O que vem a ser singular no trabalho do ator?” e
“Como se organiza a singularidade para o ator, já que ele é sujeito e objeto de sua arte?”.
Tendo em vista essa problemática, me apoio na leitura de Merleau-Ponty, no que tange à
subjetividade e de José Carvalho Sombra sobre a subjetividade corpórea, utilizando ainda o
estudo do pesquisador Henrique Buarque de Gusmão que trata das fronteiras entre sujeito,
corpo e teatro.

Referências

DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

GUSMÃO, H. B. Fronteiras do sujeito, fronteiras do corpo, fronteiras do teatro: Subjetividade e uso do corpo no trabalho do ator proposto por Constantin Stanislavski. 2006.

pp. Dissertação de Mestrado – CLA/PPGT. Rio de Janeiro, 2006.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

SOMBRA, J. C. A subjetividade corpórea: a naturalização da subjetividade na filosofia de Merleau-Ponty. São Paulo: Ed. UNESP, 2006.

TEDESCO, S. As práticas do dizer e os processos de subjetivação. Interação em Psicologia. Nº (10)2. Pg. 357-362, jul-dez. 2006.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena