Consertando o mundo – os pranks dos Yes Men

  • Fabio Salvatti

Resumo

O ativismo político do coletivo Yes Men aposta em ações espetaculares com
elevada dose de teatralidade. Grandes corporações, governos e instituições supranacionais
como a Organização Mundial do Comércio são os alvos preferenciais de seus pranks. Os
integrantes dos Yes Men se fazem passar por executivos destas empresas ou instituições e
proferem palestras nas quais sublinham de forma irônica ou paródica suas práticas
neoliberais. Com isso pretendem uma “correção de identidade”, ou seja, que sejam
substituídas as imagens falsamente imaculadas destas instituições por outras mais
condizentes com a realidade. A opção pelo prank, que desconsidera qualquer distinção entre
prática artística e ativista, se oferece como um campo cuja teatralidade pode ser examinada.

Referências

BICHLBAUM, Andy e BONANNO, Mike. The Yes Men fix the world. [filme] 2009.

FÉRAL, Josette. Por uma poética da performatividade: o teatro performativo. Sala Preta, São Paulo, n. 08, 2008.

_____. Theatricality: The specificity of theatrical language. Substance 98/99, vol. 31, n. 2 e 3, 2002.

http://bhopal.org

http://theyesmen.org

Pranks #2 San Francisco: RE/Search Publications, 2006.

RE/Search #11: Pranks, San Francisco: RE/Search Publications ,1986.

SALVATTI, Fabio. O prank como opção performativa para a rede de ativismo político contemporâneo. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

THE YES MEN. The Yes Men: the true story of the end of the World Trade Organization. Nova York: Disinformation, 2004.

WATTERS, Audrey. “We can lick the upper crust' – pies as political pranks. Disponível em http://www.audreywatters.com - Acesso em 12 de maio de 2009.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena