Criação desierarquizada em teatro e o processo de negociação de subjetividades
Resumo
Em de processos de criação coletivos ou colaborativos as hierarquias sãoeliminadas ou revistas. Funções como direção, atuação, iluminação, sonorização são
transformadas. O que as relações de poder interferem na livre criação? O que realmente é
um processo não impositivo e o que isso influência na manifestação das vontades de cada
envolvido? Na trilha de entender as características desse tipo de teatro feito
contemporaneamente o presente artigo objetiva construir um pensamento em torno desse
processo de negociação das subjetividades dos envolvidos, que resulta em processos e
espetáculos polifônicos e rizomáticos, partindo do pensamento de Michel Foucault
articulando com as teorias de Guattari e Deleuze sobre subjetividade.
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