Para pensar o lugar da performance

  • Joevan Oliveira

Resumo

Tendo em vista a denuncia pós-moderna de superficialização da cultura,
caracterizada pela saturação de modelos e gêneros artísticos no cotidiano, aliada as
características comunicacionais do sistema de arte contemporâneo que reduzem o objeto
artístico a simples signos que circulam no sistema fechado que caracteriza sua rede e a
legitimam como mercado de informação, relaciono a ideia de morte da arte com a
construção de não-lugares no âmbito artístico. Ao mesmo tempo, identifico a performance,
por seu caráter temporal e não reprodutivo como um exemplo de expressão artística que na
pós-modernidade ainda consegue criar lugares identitários e relacionais no campo da arte.

Referências

AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas, Papirus, 1994.

BAUDRILLARD, Jean. A Sociedade de Consumo. Lisboa, edições 70, 2003.

CAUQUELIN, Anne. A arte contemporânea – uma introdução. São Paulo, Martins Fontes, 2005.

_____. Frequentar os incorporais – contribuição a uma teoria da arte contemporânea. São Paulo, Martins Fontes, 2008.

COHEN, Renato. Performance como Linguagem. Criação de um tempo-espaço de experimentação. São Paulo, Perspectiva, 2002.

FERRY, Luc. Homo Aestheticus. A invenção do gesto na era democrática. São Paulo, Almeida, 2003.

GLUSBERG, Jorge. A Arte da Performance. São Paulo, 1987.

HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo, Ed. Loyola, 2003.

JAMESON, F. Pós-Modernismo. A lógica cultural do capitalismo Tardio. São Paulo, Ática, 2000.

PHELAN, Peggy. Unmarked – the politics of performance. London, Routledge, 1993.

WOOD, Paul. Arte conceitual, São Paulo, Cosac Naify, 2002.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena