Poéticas colaborativas no cinema brasileiro da retomada

  • Juliana C. Curvo

Resumo

Cena realizada com improviso, sem supremacia de texto ou diretor; o ator
incorporando outras vozes ao seu discurso; artistas trabalhando juntos. Traços de uma
dramaturgia coletiva, não olhando o palco, mas a tela. Uma pesquisa que busca elementos
de desterritorialização, de quebra da identidade, de entrada de novas parcerias e
tecnologias, na feitura cinematográfica, ficcional, brasileira, contaminadas por práticas
colaborativas do teatro. Analisou-se filmes de BELMONTE, GOLDMAN e BODANSZKY,
buscando a ação-cênica expandida ao fazer fílmico. Utilizou-se conceitos de Bakhtin,
Aumont, Deleuze e Boavida & Ponte. A principal questão é a fronteira entre cinema e teatro,
suas contaminações e hibridações. Em uma negociação que, supõe-se, resulte um fazer
artístico dito contemporâneo, pós-dramático.

Referências

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. Tradução Alfredo Bosi. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

ARAÚJO SILVA, A. C. A encenação no coletivo: desterritorialização da função do diretor no processo colaborativo. Tese de doutorado defendida na Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 2008;

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003;

NAGIB, L. A Utopia no Cinema Brasileiro. São Paulo: Cosac Naif, 2006;

XAVIER, I. O Discurso Cinematográfico – a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena