Olhar Dança-Teatro: uma proposta em movimento

  • Eliana Rodrigues Silva

Resumo

Como se pode construir um olhar crítico em direção à dança-teatro? O final da
década de 1990 mostra certa crise nos valores mais tradicionais da análise crítica em
dança. É a partir daí que uma nova geração de coreógrafos e intérpretes revela uma cena
mais voltada à narrativa teatral, sem demérito ao movimento, mas atrelado a este. Não é
mais possível ater-se ao conjunto de prerrogativas postuladas pelo movimento pós-moderno onde a interpretação teria menos valia que a descrição pura ou a contextualização de uma obra. Hoje, intérpretes, criadores, público e crítica compartilham o direito a um novo discurso, que se elabora abolindo as fronteiras tradicionais entre dança, teatro e artes
plásticas, numa construção equilibrada através da interpretação, descrição, avaliação e
contexto.

Referências

FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 6ªed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010, 2128 p.

MARFUZ, Luiz Cezar A. O Paradoxo da Construção da Personagem na Dança-Teatro de Pina Bausch. In Repertório. Salvador: UFBA, PPGAC, ano 2 nº 2, 1999, 96 p.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1977, 246 p.

SERRONII, José C. Cenografia: Um Novo Olhar. In: Percevejo, Rio, UniRio, Ano III, nº 3, 1994.

SILVA, Eliana R. Dança e Pós-Modernidade. Salvador: Edufba, 2005.

SONTAG, Susan. Contre l’Interprétation, In: L’oeuvre parle, Paris: Ed. Le Seuil, 1968.

Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações