As afetações plásticas do corpo e o conhecimento sensível
Resumo
O nascimento inaugura o processo da pessoa numa sociedade. Antes que o recémnascido receba um nome ou as marcas que lhe autorizem a pertencer a certo grupo, o nascimento não é ainda socializado. Só a morte dissolve a forma do corpo. Ha um trajeto a percorrer entre o nascimento e a morte pelo qual o “ego” descrito por Maine de Biran, se constitui ao longo da existência. Assim o corpo não é um organismo acabado, uma massa de músculos, ossos e nervos na dimensão proposta pela anatomia, sobre o qual o ambiente não pode agir. A pessoa é o resultado da afetação entre ela e o meio que a faz participante de uma determinada sociedade. Vou discutir aqui a plasticidade que se da à pessoa através do sensível, resultado do afeto da pessoa com o meio ambiente e seu conhecimento sensível.
Referências
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