Dançar... no Pastoril do RN

  • Marcilio de Souza Vieira

Resumo

No Pastoril, assim como nos outros folguedos populares, os brincantes, quando
dançam, comunicam-se, usam o gesto como linguagem. É por meio da gestualidade
licenciosa que os brincantes desse folguedo mostram sua dança. Eles demonstram
comportamentos constituídos a partir de sequências de movimentos e gestos. Assim,
cativam, tomam, capturam as pessoas e se comunicam através do gesto que não ocorre
linearmente somente a partir do interlocutor, porque o sentido do gesto não é dado, é
compreendido e retomado por um ato do espectador. Situamos esse folguedo no mundo
vivido fenomenológico como abordagem metodológica, tendo por objetivo refletir sobre o
sentido da dança no Pastoril do Rio Grande do Norte através das cançonetas das
brincantes desse folguedo.

Referências

ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas do Brasil. 2 ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. Tradução de Carlos Alberto Ribeiro de Moura. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

NÓBREGA, Terezinha Petrucia da. Educação motora e dança: rua, palco, escola... uma coreografia desejável. In: Educação Motora. III Congresso Latino Americano de Educação Motora e II Congresso Brasileiro de Educação Motora, Natal, p. 54-59, set.-out. 2000.

ZUMTHOR, Paul. La letra y la voz: de la literatura medieval. Madrid: Ediciones Cátedra, 1989.

Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações