Dança como linguagem artística: entre o referente e o devir

  • Thaís Gonçalves

Resumo

A potência da arte reside em mudar a ordem do pensamento, de ao mesmo tempo
em que algo se estrutura se ordenar de outra maneira, na relação entre corpos, num
processo vivo, segundo os filósofos pós-críticos Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix
Guattari. Esta análise segue em direção a uma percepção da dança como potência
afirmativa da vida, em contraponto à arte como modelo e representação, próprios do modo
tradicional e crítico de entender o mundo. A partir da coreologia de Rudolf Laban e da dança
no contexto, de Isabel Marques, o objetivo é ponderar como podemos, hoje, pensar na
dança como linguagem. Em que medida compreende-se a dança como gramática, com
códigos e territórios fixos, e como seria possível percebê-la em devir, encontro e experiência a mudar a ordem de um pensamento?

Referências

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Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações