Arte e Indisciplina

  • Silvia A. Davini

Resumo

No desejo de consolidar o status da produção de pesquisa em arte como produção
de conhecimento, tem-se insistido em outorgar-lhe rigor científico. Este artigo aborda a
questão “arte / ciência”, caracterizando o campo da arte para além do disciplinar. Afirmo
aqui que o rigor metodológico que a pesquisa no campo da arte demanda não é rigor
científico, mas o “rigor da indisciplina”. Pensando a arte como “indisciplina” pode-se
compreendê-la em toda sua dimensão, para além dos limites que as categorias disciplinares
de conhecimento impõem à arte. Com base na teoria lacaniana, o “modo de ação” do artista é considerado aqui à luz da definição do R.S.I. (Real, Simbólico, Imaginário), e a obra de arte como contestação e conjuração da natureza.

Referências

LACAN, Jacques. Nomes-do-Pai. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

PAGLIA, Camille. Personas Sexuais. Arte e decadência de Nefertite a Emily Dickinson. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena