O trabalho reúne em síntese as principais pesquisas realizadas pelo autor em duas instituições de ensino superior do Estado do Rio Grande do Sul. É um conjunto de ensaios escritos para discutir a inserção do ensino de teatro nas universidades. As dificuldades de reconhecimento dos estudos em artes cênicas, bem como os esforços para sustentar o teatro como conhecimento científico autônomo, transformaram o trabalho acadêmico em campo de ressignificações da formação docente e da atividade artística. As determinações legais, os autores referenciais da atividade dramática e as contribuições de Vigotsky e Elkonin na psicologia do jogo, Adorno e Horkheimer, na metodologia crítica e Dermeval Saviani, nas tendências pedagógicas, são levadas em muita conta nestes jogos de pesquisa que buscam fundamentalmente não dissociar teorias com práticas educativas comprometidas com as questões sociais. Como o teatro pode dialogar com a universidade sem perder seu caráter libertário e emancipador? O que os artistas e os professores de crianças, jovens e adultos tem a ver com isso? Como problematizar as artes cênicas num contexto sócio-histórico de profundas mudanças tecnológicas? São múltiplas as questões que, na sua complexidade, revelam um conhecimento em construção. Com base nas experiências pessoais em processos investigativos, o autor propõe caminhos possíveis do teatro no ensino universitário e suas implicações na educação básica.
