(Im)permanências – temporalidades que dançam a praça Sinimbú (Maceió-AL)

  • Marina Milito Medeiros Universidade Federal de Alagoas

Resumo

O espaço molda o corpo molda o espaço. Não se pode pensar o corpo sem espaço e nem o espaço sem corpo. Que relação o indivíduo estabelece com o espaço cotidianamente? E quando a obra de arte é criada no espaço público, no meio de seu fluxo, invadindo o seu ritmo, em relação com sua arquitetura, que espaços o artista escolhe ocupar? E por quê? O que do espaço afeta o artista e como o move? As vídeodanças “Beijando Dentes” (https://www.youtube.com/watch?v=rNaj8MVmqTw&t=3s) e “Location?” (https://www.youtube.com/watch?v=dWCZ4ozJPbE) foram elaboradas a partir de diferentes estímulos, porém, ambas foram realizadas na Praça Sinimbú (Maceió-AL) e em seu entorno. Este trabalho busca entender de que maneira se deu a relação entre os artistas e o espaço nessas duas obras. E o que essa relação pode revelar, tanto das obras quanto de seu cenário-arquitetura-paisagem-fluxocotidiano. Como o espaço move o corpo move o espaço? O trabalho foi desenvolvido através de pesquisa prática e teórica, apoiando-se em autores como Flusser, Simmel, Morin e Dultra. As videodanças foram desenvolvidas em disciplinas ministradas pela autora no Curso de Licenciatura em Dança da UFAL (2017). A praça Sinimbú e o seu entorno são apresentados sob a perspectiva da relação poética e desvendados como espaços de resistência artística da cidade de Maceió-AL.

Biografia do Autor

Marina Milito Medeiros, Universidade Federal de Alagoas
Atriz-bailarina, pesquisadora e professora. Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo – FAU/UFAL. Mestra e Bacharel em Artes Cênicas pela UNICAMP e Licenciada em Artes Visuais, tendo o Tanztheater como linha de pesquisa. 

Referências

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Publicado
2019-05-08
Seção
Grupo de Pesquisadores em Dança