O cômico e o crítico nos processos de comunicação: Chacrinha e a construção de um referencial clownesco na televisão

Resumo

Este trabalho objetiva realizar uma análise sobre o cômico e o critico nos processos de comunicação, a partir do corpo do palhaço, e pretende verificar qual espaço essa configuração encontra lugar para uma construção crítica. Entendendo que o corpo cômico do palhaço constitui um tipo de discurso que contem um alto potencial crítico, alguns personagens buscaram essa comicidade como referencial para atuar nos processos de comunicação. Na televisão, temos o exemplo do apresentador Chacrinha, pois, constitui-se um caso no qual a comicidade e o humor, atuaram como uma ignição para a crítica da sociedade. O quadro de referência teórica deste trabalho busca a discussão acerca da sociedade humorística realizada por Lipovetsky (2005), sobre o palhaço de Bolognesi (2003), e o grotesco na comunicação de Muniz Sodré (1980).

Biografia do Autor

Eliana Rosa Correia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Mestra em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora na Área de Comunicação e Artes do Senac Lapa Scipião e Secretaria Municipal de Educação - São Paulo.

Referências

BAKHTIN, Mikhail M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento, o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

BOLOGNESI, Mário Fernando. Palhaços. São Paulo: UNESP, 2003.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. Trad. Paquete de Oliveira e Gustavo Cardoso. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

KATZ, Helena. Corpomídia não tem interface: o exemplo do corpo bomba. In: RENGEL, Lenira; THARALLANO, Karin (Org.). Coleção Corpo em Cena Volume 1. São Paulo: Editora Anadarco, 2010. p. 9 a 23.p. 20.

LIPOVETSKY, Gilles. A era do vazio: ensaios sobre o individualismo contemporâneo. Barueri: Editora Manole, 2005.

MACHADO, Maria Ângela de Ambrosis Pinheiro. Uma nova mídia em cena: corpo, comunicação e clown. 2005. 120 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

MIRA, Maria Celeste. Circo eletrônico: Silvio Santos e o SBT. São Paulo: Edições Loyola, 2000.

PEREIRA, Wellington. O palhaço barroco da mídia brasileira. Revista eletrônica. Disponível em:http://www.insite.pro.br/2009/Fevereiro/Wellington_Chacrinha.pdf.

Acessado em: 15 de jun. de 2018.

ROHRER, Cleber Vanderlei. Programas do Chacrinha: inovação da linguagem televisual. 2010. 112 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

RITO, Lucia, BARBOSA, Florinda. Quem não se comunica se trumbica. SãoPaulo: Editora Globo, 1996.

SANTOS, Ivanildo Lubarino Piccoli dos. Os palhaços nas manifestações populares brasileiras: bumba-meu-boi, cavalo-marinho, folia de reis e pastoril profano. 2008. 227 f. Dissertação (Mestrado em Artes).Universidade Estadual Paulista, São Paulo.

SOUZA, José Carlos Aronchi de. Gêneros e formatos na televisão brasileira. São

Paulo: Summus Editorial, 2004.

SODRÉ, Muniz. A comunicação do grotesco: um ensaio sobre a cultura de massa noBrasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1980.

Publicado
2019-05-08
Seção
Circo e Comicidade