O corpo entre as linhas e as curvas de Oscar Niemeyer: um dançar sobre a Pampulha

Resumo

Na Pampulha, em Belo Horizonte/MG, entre as obras mais marcantes de Oscar Niemeyer, destacamos os projetos da Casa do Baile, da Igrejinha de São Francisco, do Museu de Arte Moderna e da casa de Juscelino Kubistchek. Niemeyer uniu a representação de nosso cenário natural, por meio das curvas, conectando a paisagem urbana com as linhas do cotidiano. Nesse contexto, entendendo que o corpo e a cidade se fundem em sentidos que se dão a ver, a proposta deste trabalho é compreender essa fusão e seus signos encarnados por meio da dança. A metodologia utilizada é a experimentação docorpo em dança, inserido nos espaços das edificações delimitadas pela pesquisa, tendo em vista a composição de um texto coreográfico e midiático. Os sentidos encarnados são tratados e investigados como realidades semiotizada sob a ótica de Algirdas J. Greimas enquanto a análise do movimento está fundamentada em Rudolf Laban.

Biografia do Autor

Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Estudos Linguísticos na área de concentração Linguistica Aplicada na linha Linguagem e Tecnologia com ênfase na semiótica francesa (Pos-lin/FALE/UFMG). Professora na área de Dança da EEFFTO-UFMG. Líder do Grupo de Pesquisa Concepções Contemporâneas em Dança (CCODA).

Referências

BERTRAND, Denis. Caminhos da semiótica literária. Bauru, SP: EDUSC, 2003.

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. In. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro: ANPED, Ed. Jan/Fev/Mar/Abr. n. 19, 2002.

COIMBRA, Isabel [Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz]. Dança: movimento em adoração. Belo Horizonte: Atikté, 2003.

CORTINA Arnaldo. SILVA, Fernando Moreno da. Semiótica e comunicação: estudo sobre textos sincréticos. Araraquara, SP: Cultura Acadêmica, 2014.

DINIZ, Isabel Cristina Viieira Coimbra. A sagração da primavera: um diaáolo entre a semiótica e a dança. Belo Horizonte: PÓS-LIN/FALE/UFMG, 2014. (Tese de Doutorado).

FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2011.

FLOCH, Jean-Marie. Petites mytologies de l’oeil et de de l’esprit: por une semiotique plastique. Paris/Amsterdam: Hadés/Benjamin, 1985.

GREIMAS, Algirdas Julien. Sobre o sentido: ensaios semióticos. Rio de Janeiro: Vozes, 1975.

HÉNAULT, Anne. Préambule. In: HÉNAULT, Anne; BEYAERT, Anne. Ateliers de sémiotique visuelle. Paris: PUF, 2004.

KASTRUP, Virgínia. Aprendizagem, arte e invenção. Psicologia em Estudo,

Maringá, v. 1, n. 6, p. 17-27, 2001.

KASTRUP, Virgínia. . A invenção de si e do mundo: uma introdução do tempo e do coletivo no estudo da cognição. Campinas, SP: Papirus, 1999.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.

NIEMEYER, Oscar. As curvas do tempo: as memórias de Oscar Niemeyer. Londres: Phaidon, 2000.

Publicado
2019-05-13
Seção
Processos de Criação e Expressão Cênicas