Dança imanente - o expressar e o ser expressão de si

  • Robson Farias Gomes Universidade Federal do Pará

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo refletir acerca do arquétipo teórico-conceitual da Dança Imanente como expressar e ser plena expressão de si. Esta pesquisa integra o panorama investigativo denominado Corpo-Obra, desenvolvido no Mestrado em Artes do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGArtes/UFPA). A Teoria da Dança Imanente (2010), criada pela teórica e pesquisadora da dança Ana Flávia Mendes, apresenta um sistema conceitual que perpassa pelos campos estético, político, epistêmico e ontológico produzindo conceitos como o de Corpo Imanente, Corpo Dissecado, Corpo como forma e conteúdo da obra coreográfica, Corpo Rizomático, dentre outros. Propõe-se este texto abordar o aspecto ontológico de tal empreendimento como subsidiador do corpo que almeja, em si, expressar e ser expressão se si em arte: um ser-obra. O corpo, neste viés, não é compreendido como mero suporte da arte, tampouco como objeto semelhante a um porta-retrato – que porta alguma coisa – mas, em si, já o ser arte em sua feitura artístico-performativa de movimento. Para tanto, procedeu-se de metodologia teórico-analítica e criativa por vias de consideração do texto mendiano e de sua recepção filosófica. O corpo como expressão e expressar da arte, isto é, o expressar e o ser expressão de si, por si e em si, tridimensionalmente, enxerga prelúdios na Dança Imanente.

Biografia do Autor

Robson Farias Gomes, Universidade Federal do Pará
Mestrando em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará; bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior – CAPES.

Referências

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Publicado
2019-05-08
Seção
Grupo de Pesquisadores em Dança