No te pongas flamenca – ou por que ainda temos que brigar?

  • Juliana de Freitas Kersting Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Esta pesquisa em andamento, propõe a criação de um espetáculo teatral feminista, através da articulação entre corporeidade e ritmos da dança flamenca com narrativas autobiográficas. Sob a perspectiva de uma pesquisa guiada pela prática artística, tomo meu corpo como ponto de partida, lugar de escuta e lugar de fala - mulher, branca, classe média, artista e mãe - para abordar as possibilidades de existência de um corpo não padronizado em uma sociedade patriarcal. O corpo feminino, objeto, assediado, clandestino, vulnerável e rebelde, como corpo da cena, em diálogo com discursos críticos decolonias, reconhecendo as rupturas epistemológicas propostas por estes discursos, na busca de decolonizar nossas subjetividades.

Biografia do Autor

Juliana de Freitas Kersting, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Mestranda no Departamento de Arte Dramática da UFRGS, no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas. Linha Processos de Criação.

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Publicado
2019-05-08
Seção
Cartografia de Pesquisas em Processo