No te pongas flamenca – ou por que ainda temos que brigar?
Resumo
Esta pesquisa em andamento, propõe a criação de um espetáculo teatral feminista, através da articulação entre corporeidade e ritmos da dança flamenca com narrativas autobiográficas. Sob a perspectiva de uma pesquisa guiada pela prática artística, tomo meu corpo como ponto de partida, lugar de escuta e lugar de fala - mulher, branca, classe média, artista e mãe - para abordar as possibilidades de existência de um corpo não padronizado em uma sociedade patriarcal. O corpo feminino, objeto, assediado, clandestino, vulnerável e rebelde, como corpo da cena, em diálogo com discursos críticos decolonias, reconhecendo as rupturas epistemológicas propostas por estes discursos, na busca de decolonizar nossas subjetividades.
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