Performance da própria pele: forma, forças, fuga e o fora
Resumo
Desdobrando uma filosofia escrita/erguida com corpos, em cena, o presente estudo observa-os na condição prévia de sua exposição cênica: a sala de aula ou de ensaio. Dedicado a refletir sobre um treinamento da pele visando a composição na carne, o trabalho do performer contemporâneo, eixo desta perspectiva, é evidenciado sob quatro conceitos: forma, forças, fuga e o fora. Tendo superado uma ideia de representação ou interpretação, trata-se de preparar corpos para uma dada porosidade poético-estético-conceitual que lhes permitiria transitar entre a violência, necessária aos deslocamentos, e a virtuose, herança técnico-expressiva inerente à arte do ator e do bailarino. Ancorado nas filosofias da diferença, nas teorias teatrais, nos estudos do movimento e nas práticas pedagógicas e composicionais vivenciadas pela autora, o estudo explora traços expressivos, singularizados, não identitários, fluxos animais e forças políticas expondo algumas camadas possíveis que compõem a criação no corpo. Tratam-se de processos e procedimentos pleiteados pela pele. Aliás, Deleuze apropriou-se de Valéry para lembrar-nos que “o mais profundo é a pele”: superfície de contato, atravessamento, película de expressão por esburacamentos na linguagemReferências
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