Èmí, Ofò, Asé: a presença cênica e a sutileza performativa das mulheres do áse”
Resumo
O estudo apresentado neste texto, parte da seguinte questão: as práticas performativas afrodiaspóricas podem potencializar a formação e, logo, a produção de presença cênica da (o) performer/dançarina (o), possibilitando, ao mesmo tempo, uma visão crítica sobre como a colonialidade age sobre nossas produções no campo das artes cênicas? Sendo assim, o objetivo deste artigo é traçar reflexões sobre a utilização de práticas performativas afrodiaspóricas como uma possiblidade estética, no que diz respeito a potencialização da presença cênica. As reflexões apresentadas neste texto fazem parte do cruzamento entre o desenvolvimento de uma pesquisa de pós-doutorado intitulada Elinga, a Presença Cênica: as Práticas Performativas Afrodiaspóricas e a Decolonialidade no Processo Pedagógico e Criativo da (o) Performer/Dançarina (o), em andamento, no Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA e o espetáculo performativo, Mulheres de Asé. Como objeto estético a ser comentado será utilizado o espetáculo performativo Mulheres de Àse, dirigido por Edileusa Santos. Para tanto, serão estudados os fundamentos da cosmogonia ioruba èmí (sopro da alma), ofó (encantamento) e asé (energia vital) em diálogo com os conceitos Corpo-arquivo (TAVARES 2012), De/colonialidade (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2010), Performatividade (SCHCHENER, 2009;), Ritualização do Instante (SANTOS, 2016) e Presença Cênica (SANTOS, 2012).
Referências
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