Micropolíticas de composição: cartografias do núcleo do Dirceu e seus agenciamentos na construção de outros contextos para dança contemporânea em Teresina

Resumo

RESUMO: Segundo Rolnik (2011, p.38) para a garantia de uma micropolítica processual a construção de novos modos de subjetivação, só pode e deve ser encontrada, a partir dos agenciamentos que a constituem na invenção de modos de referência e singularização.  A invenção destes modos permite elucidar um campo de subjetivação e intervir no campo das micropolíticas e macropolíticas; seguindo este entendimento a pesquisa aqui apresentada, ainda em desenvolvimento, se propõe a analisar as composições e os atravessamentos entre o Núcleo do Dirceu e os agentes da dança contemporânea da cidade de Teresina, compreendendo em que medida as fricções e os tensionamentos da dança contemporânea, contribuiu para o agenciamento de um plano de composição artístico-político dos agentes da dança em Teresina. Pensar territórios, subjetividades e sujeitos é relevante para o processo desta pesquisa, pois nos leva a reconhecer e refletir sobre os processos e as dinâmicas existentes na construção de outros contextos, pautados numa escolha estética e política, onde conexões sejam realizadas entre todos os envolvidos direta ou indiretamente, cooperando para a produção de contextos, conhecimentos e articulação política. O referencial metodológico proposto será a pesquisa qualitativa e participativa, de caráter pesquisa-intervenção, com ênfase no método cartográfico. Assim, considera-se as interseções entre os artistas integrantes do Núcleo do Dirceu nos seus 10 anos de existência, com outros grupos e outros espaços, analisando suas proposições formativas e políticas, bem como os dissensos e as ausências. Buscando à luz de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Suely Rolnik identificar, tensionar e compreender esses modos de referência que singularizam o cenário da dança contemporânea em Teresina, perpassando a dimensão subjetiva, cultural e organizacional.