As necessidades corporais de um ator cômico e o envelhecimento iminente - demandas que surgem ao longo de uma carreira

Resumo

Avaliar os 35 anos de carreira de um ator cômico tendo como ponto de vista a formação de sua expressividade corporal, é o que eu proponho neste inventario que demonstra a importância do processo de absorção de técnicas corporais por meios competentes. A peça “Um dia de Pic e Nic”[1], a mais de 20 anos apresentando-se em vários tipos de espaço, contribuirá para avaliar esses processos de adaptações corporais pelo artista em várias fases das 1500 apresentações, uma amostragem que garante uma análise quantitativa e qualitativa que contribuirá com a formação de jovens e velhos cômicos, principalmente palhaços.


[1] Espetáculo concebido por Edu Silva e Chiquinho Cabrera em 1992 que fundaram a CIA PIC NIC DE TEATRO produtora de peças premiadas (Avoar, Estação Pic Pa Pum, Panos e Lendas, Nosotros, Procura-se uma Rosa, À Moda da Casa entre outras). A companhia possui dois núcleos de produção, em São Paulo e Uberlândia-MG, e tem como diretora artística, Daniela Pimenta de tradicional família circense e professora da UFU.

Biografia do Autor

Pedro Eduardo da Silva, Universidade Estadual Paulista
Mestre e doutorando em Artes pela Universidade Estadual Paulista, pós-graduado em Docência no Ensino Superior e com Licenciatura em teatro. Cenógrafo da UFU.

Referências

ALCOFORADO, Doralice F. X. Literatura oral e popular. In: Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL, número especial: ago-dez de 2008. Campinas: ANPOLL, 2008.

AVANZI, Roger & TAMAOKI, Verônica. Circo Nerino. São Paulo: Pindorama Circus: Códex, 2004.

BAKHTIN, M. M. Cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Brasília: Hucitec, 1987.

BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação da comicidade. Tradução de Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através do teatro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

BOLOGNESI, Mário Fernando. Palhaços. São Paulo: UNESP, 2003.

BONFITO, Matteo. O ator compositor – as ações físicas como eixo: de Stanislaviski a Barba. São Paulo: Perspectiva, 2006.

COELHO, Paulo. O teatro na educação. Rio de Janeiro: Forense-Universitaria, 1978.

FELLINI, Federico. Fellini por Fellini - vida, obra e paixões do grande cineasta, contadas por ele mesmo. 2ª edição. Porto Alegre: Editora L&PM, 1993.

FO, Dario. Manual mínimo do ator. Organização de Franca Rame, tradução de Lucas Baldovino e Carlos David Szlak. 2ª edição. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 1999.

LECOQ, Jacques. O corpo poético: uma pedagogia da criação teatral. Tradução de Marcelo Gomes. São Paulo: Editora Senac São Paulo: Edições SESC SP, 2010.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. Tradução de Ingrid D. Koudela e Eduardo J. A. Amos. São Paulo: Perspectiva, s/ano.

STANISLÁVSKI, Constantin. Manual do ator. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

STANISLÁVSKI, Constantin. A construção da personagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986.

SOFFREDINI, Carlos Alberto. De um trabalhador sobre seu trabalho. São Paulo, 1980.

VENEZIANO, N. A cena de Dario Fo: o exercício da imaginação. São Paulo: Editora Códex, 2003.

Publicado
2020-05-28
Seção
Circo e Comicidade