Teatro, educação e sensibilidades

Resumo

A partir da pesquisa bibliográfica, relacionada com a prática pedagógica no ensino de teatro, este artigo reflete sobre o lugar das sensibilidades na educação. O caminho traçado perpassa a relação entre sensibilidades e memória, que consta no processo da aprendizagem a partir da experiência significativa, compreendendo que a experiência somente será significativa se afetar, se marcar o sujeito. Pelo caminho do afeto, que envolve as sensibilidades, a experiência transforma-se em memória, que se inter-relaciona com experiências passadas, em um caminho contínuo da construção do conhecimento. A reflexão segue trazendo a relação entre sensibilidades e racionalidades, em uma perspectiva em que ambas caminham juntas, são indissociáveis, pautada na ideia concreta de que o sujeito inserido no processo de ensino/aprendizagem tem pertencente a ele corpo e mente, que não podem ser ignorados ou dicotomizados. Na perspectiva abordada, as sensibilidades podem e devem ser trabalhadas por qualquer área do conhecimento. Porém, elas são inerentes ao ensino do teatro e da arte em geral, que traz em seus processos de elaboração a relação intrínseca entre sensibilidades e racionalidades.

Biografia do Autor

Karine Ramaldes Vieira, Universidade Federal de Goiás
Atriz, professora efetiva da Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Goiás, doutora em Performances Culturais (UFG), coordenadora do Projeto de Pesquisa PedagogiaS do Teatro e da Arte (UFG), coordenadora do Projeto de Extensão Teatro & Educação em Foco (UFG). Autora junto a Robson Corrêa de Camargo do livro: Os Jogos Teatrais de Viola Spolin: Uma Pedagogia da Experiência. Goiânia: KELPS, 2017.

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Publicado
2021-12-16
Seção
Pedagogia das Artes Cênicas