Oprimido e opressor, luz e sombra, sim-bólico e dia-bólico: processos de reflexão subjetiva na metodologia do teatro do oprimido na floresta

  • Flavio Santos da Conceição Universidade Federal do Acre https://orcid.org/0000-0002-0927-7597
  • Rafael Wöss Correa Bolsista PIBIC UFAC Graduando em Artes Cênicas UFAC Formado em Letras pelo IFSP

Resumo

A pesquisa faz uma passagem por conceitos como Oprimido e Opressor, Luz e Sombra, Sim-bólico e Dia-bólico,  discutindo sobre as dualidades que eles representam. A partir dessa análise, o texto adentra na importância das complexidades humanas, desenvolvidas por Leonardo Boff(1998), das formas de Libertação, apresentadas por Paulo Freire (1996), e dos Conjuntos e Unicidades, desenvolvidos por Augusto Boal(2009). Esses conceitos auxiliam a pensar na organização humana além de um esquema do sistema hegemônico, acessando reflexões que entrecruzam com profundidades existenciais. Nesse caminho, as vivências da floresta passam a ter maior relação com os conteúdos apresentados, proporcionando ensinamentos de Krenak(2019), que oportunizam Alfabetizações Sensíveis (BOAL, 2009), ligadas a subjetividades múltiplas. Dessa forma, pudemos no texto problematizar maniqueísmos e acessar pontos de vista mais complexos de expressões importantes no Teatro do Oprimido.

Biografia do Autor

Flavio Santos da Conceição, Universidade Federal do Acre
Professor do Curso de Licenciatura e PPGAC UFAC, área de Pedagogia do Teatro e Teatro do Oprimido

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Publicado
2021-12-16
Seção
Pedagogia das Artes Cênicas